ORGASMO VIÁRIO CONSENTIDO.

                                 

Norma Kent sai de casa pela madrugada. É mais um dos milhões de trabalhadores que vivem esta rotina, diariamente, e no final do mês tem aquela sensação que trabalhou de graça.


Mulher morena, cabelos longos , sedosos, cheirosos, coisa de primeiro mundo, minha gente.
Seios um do lado do outro e, sempre olhando para cima, numa atitude de altivez inegável, fartos, mas não abundantemente desnecessário, tipo aqueles que se esparramam todos.Presta a atenção.



Cintura que é só curva, em cima de ancas generosas, típica de mulher parideira, como se dizia , antigamente.
E finalmente, coxas roliças, destas que marcam o vestido, e Norma Kent, por esta razão sutil, detestava calças jeans, exatamente para que os homens vissem as marcas da sexualidade das suas coxas. Ela sabe o que os homens gostam!


Como? Se essa mulher tem rosto? Lógico, deixei para o final para falar do seu nariz artisticamente, desenhado e com a ponta virada para o céu das nossas fantasias e de bônus, aqueles olhos verdes.



E bunda? Ora, este é o grande final da minha descrição. Imagine uma par de nádegas perfeitas,empinadas, com textura e maciez adequadas, pensou? Então a bunda da Norma Kent é muitíssimo melhor do que esta sua excelente imaginação.
São 23 anos de absoluta perfeição corpórea e sensualidade explicita.


Isto tudo, tomou o ônibus a poucos metros da sua casa, cheio - entupido é o termo exato- e lá entrou aquilo tudo, e sacudindo os seios, coxas, bunda e esbanjando muita simpatia. Sempre foi muito dada.Oferecida é outra coisa,certo?
Acomodou-se de pé no corredor do veiculo e quando percebeu uns cinco outros passageiros, destes búfalos no cio que, vivem seus momentos máximos de felicidade nos solavancos dos ônibus, já estavam por lá feitos moscas de padaria sobrevoando os sonhos expostos no balcão.
De repente, Norma Kent, já quentíssima e narinas abertas e ofegantes por tantos esfregões “involuntários”, começou a sentir que aquela viagem poderia ser muito mais agradável do que normalmente. 

Então uma voz rouca, quente e úmida, distribuindo perdigotos no seu ouvido, delicadamente perguntou:
-Posso ter um orgasmo, senhorita?
-Ficou louco?
-Louco estou desde que você entrou aqui
-Ah, então esta coisa dura nas minhas nádegas, não é o cabo do seu guarda-chuva?
-Tá sentido?
-Estou e faça o favor de recolher esta sua bengala.
-Tem certeza?
-Tenho
-Ok, gosto de tudo muito espontâneo, desculpa.
-Bem, até que você é educado e nem precisava ser tão rápido.
-Como assim?
-É que não costumo mentir e, sinceramente comecei a gostar desta ligeira pressão nas minhas partes, afinal somos todos animais instintivos...
-Você é veterinária?
-Não
-Mas, creia sabe lidar como um garanhão...
-Acha?
-E que nádegas macias, estou..es..tou, ... es...est...;ohhhhhh
-Cara, isso é um orgasmo?
-Foi!
Ou seja, pessoal se vocês acharam que foi muito rápido é porque não estavam atrás daquela mulher.

No..Nos,...nossaaaaaaaaaaaaaa!
Desculpe, mas até eu  entrei no clima.

GERÂNIA E VALERIO.




Há quem defenda a tese de que a homossexualidade é inata. Outros têm ataque de apoplexia só de pensar na hipótese. A maioria, no entanto, não está nem aí para estas discussões acadêmicas e sob o titulo genérico de opção sexual, simplificam toda esta celeuma e sem nenhuma confusão. 

Tudo isto, remete meu pensamento a uma fase da minha adolescência na qual assisti a uma verdadeira dissimulação e, das mais hilariantes. 
Tinha um amigo, verdadeiro testicocéfalo -ou seja aquele homem que tem os testículos na cabeça - cujo único e derradeiro objetivo na vida, era transar com todas as mulheres que conhecia e vivia criando as mais engenhosas artimanhas, expressando-se através de inusitadas bazofias, mentiras e o escambau,tentando engabelar e levá-las para cama ou  até mesmo, locais menos confortáveis.
Um dia, uma brilhante ideia ocorreu-lhe: matriculou-se numa escola de balé. 

Isto porque, no lendário popular, pensava-se que todo bailarino era bicha, ou levava jeito, e que por esta razão as mulheres lhes facultavam todas as intimidades, até porque,teoricamente não deveriam ter  nenhum poder de fogo!

Travestido, escondido e aproveitando-se desta percepção social quanto à sexualidade inerente aos bailarinos, meu amigo passou a frequentar as aulas, e ser o centro obrigatório das atenções da sua turma aqui fora, pelo ao menos três vezes por semana, depois de sair do balé, ocasião na qual todos os detalhes eram contados para o delírio daquele bando de garotos.

Comentários tipo: -“ Hoje eu vi tanto peitinho que ganhei o dia”,” ou então, falava sobre as coxas, as bundas, enfim, garotas nuas tomando banho, se vestindo ou se despindo,  uma completa e fantástica vida que qualquer garoto daquela idade, acharia estar no paraíso!
Para tanto, era preciso cumprir, rigorosamente o protocolo dos  efeminados, seja na voz, nos três jeitos característicos e toda uma mis-na-cène característica e ter um texto bem decorado,condutas ensaiadas...recompensas muito boas.


No entanto, como macho que era, traía-se sempre através de uma ereção extemporânea e “indesejável” que sempre derrubava daquela montanha de fingimento.
Justificava, então para a menininhas boquiabertas que, era o frio, o calor,  a música, enfim justificavas é que não lhe faltavam.
Sentindo que não aguentaria suportar aqueles assédios por muito tempo, resolveu partir para o ataque, tipo ou tudo ou nada  e um dia,na porta do vestuário feminino, após quase todas as outras terem ido embora resolver abocanhar sua primeira vitima, num lance ousado de machismo explicito:
-Você é muito gostosa - diz para a estudante.
-Ih, Gerânia, teve uma recaída?- respondeu a bailarina incrédula.
  -Pára com isso. Meu nome e Marcos. Pode me chamar de Marcão. Isto me excita - dizia isso em tom de búfalo no cio.
-Olha Marcão, ta falando sério?
 -É lógico. Valério...
 - Já que é sério pode ir me chamando de Valério. 
- Certo, Valério, vou lhe dizer uma coisa. Desde que vi você, fiquei doidão.Valeria, Valério sei lá, eu não aguento mais!
 -Olha Marcão, deixa eu te dizer uma coisa: também estou na sua.
 - Então, já que é assim,me beija, Valério. Coisa gostosa "vamos que vamos", minha... 
 -Dá um tempo. Marcos.Estou,também na sua... farsa. Você fingindo ser gay e eu disfarçando que sou menina, mulher, fêmea. 
-Mas você, Valério,valeria... 
 -Marcão eu sou é lésbica. Gostamos da mesma fruta...
Só então Marcão descobriu que não era o mais inteligente dos homens e sentiu na carne a força daquele ditado popular que diz: 
-Quem com ferro fere com ferro será ferido.