Aquele homem vivia aos solavancos, pelas orlas das praias do Rio de Janeiro.
Como um carro velho, ficava rateando, entre o Leme e o Forte de Copacabana.
Às vezes, uma esticada até Ipanema e Leblon. Quando a saudade era sufocante, então caminhava para a Barra da Tijuca, Prainha, e se preciso, ao fim do mundo!
Sempre pensando consigo mesmo que, o ser humano diferentemente da água, não se evapora, ou assim como os rios não somem no mar e, principalmente, como o dinheiro público, não desaparece na conta bancária dos políticos. Portanto, onde estaria Monique, a carioca?
Teria se engajado na assessoria de Hugo Chaves e se tornado a conselheira maior do venezuelano piradão?
Estaria refém de algum terrorista afegão, naquelas empoeiradas chatas e quentíssimas montanhas, onde impera a vontade do barbudo Bin Laden?
Por acaso, Monique teria feito plástica e estaria disfarçadamente, atuando naquelas horrorosas novelas mexicanas?
Poderia ter se tornado uma sacoleira na agitada ponte Brasil-Paraguai?
Estas dúvidas massacravam mais a cabeça daquele infeliz carioca, do que chicletes, em boca de adolescente. Logo ele, que sempre achou que Monique, com seus irresistíveis encantos de serpente do paraíso bíblico seria a única mulher capaz de recuperar-lhe a heterossexualidade, perdida na infância e, naqueles quintais, das casas dos subúrbios carioca.
Sim, pois, Monique, nunca soube do seu amor platônico. Escondeu até o último dia em que a viu, sua condição de gay. E de gay, muitíssimo premiado, pois já tinha sido Miss Suéter vaporoso, de um clube em Caxias, quando ainda era menino.
Mais tarde foi coroado Miss Piscinão de Ramos e desfilava em bailes do Scala gay, em todos os carnavais.Chegou, inclusive, a ir para a Itália como travesti, ganhar uns trocados em Roma, na Via Apia, onde era conhecido com Carla Cudioro.
Porém, ao conhecer Monique se apaixonou. E ao invés de botar, começou a tirar as próteses de silicone. Deixou crescer a barba, fazia musculação, passando a ser o respeitado Mano Otávio, na noite carioca.
Foi lá que inclusive conheceu Monique dançando funk, numa festa rave que durou duas semanas e três dias! Festinha rápida, para o gênero. E sem que ela percebesse, a acompanhou durante muitos meses, até nascerem, novamente todos os pelos do corpo, as cicatrizes da retirada dos implantes se suavizassem e, aquele jeitão de boiola, fosse sendo consumido pelo novo macho espada e pegador.
Porém, depois de totalmente, recauchutado, o inesperado aconteceu: Monique sumiu!
Soube algum tempo mais tarde que, ela tinha ido morar na Bahia, perto do Farol da barra e apagando, desta forma a luz que voltava a acender na sua nova opção sexual e esfriando assim, o seu acarajé, recentemente, reabilitado no novo supermacho, Mano Otavio.
Enfim Monique escafedeu-se!
Uma noite, escutando num inferninho da zona sul, Ney Matogrosso cantando, “Telma, eu não sou gay”, o sangue ferveu-lhe nas veias e encheu a cara, bebeu todas e mais aquelas, entregando-se literalmente, ao passado que lhe condenava. Sequer conseguiu, voltar para casa. Acordou quando um policial militar falava-lhe com aspereza e indignação:
-Ô rapaz, você neste estado deplorável e sendo sodomizado por um anão, em plena via pública?
Ainda, muito zonzo, olha para trás e vê aquele tarado e maníaco anão, puxando a calça para cima. Revoltado com tudo, lembra-se de Monique, das suas frustrações e responde para o policial, com igual rispidez:
-Deixe este miserável se distrair, pois, pior do que ser estuprado por um anão, foi ter tido um sonho que durou tão pouco e foi tão pequeno e muito menor que este infeliz.
Portanto, continue botando, anão!
Como um carro velho, ficava rateando, entre o Leme e o Forte de Copacabana.
Às vezes, uma esticada até Ipanema e Leblon. Quando a saudade era sufocante, então caminhava para a Barra da Tijuca, Prainha, e se preciso, ao fim do mundo!
Sempre pensando consigo mesmo que, o ser humano diferentemente da água, não se evapora, ou assim como os rios não somem no mar e, principalmente, como o dinheiro público, não desaparece na conta bancária dos políticos. Portanto, onde estaria Monique, a carioca?
Teria se engajado na assessoria de Hugo Chaves e se tornado a conselheira maior do venezuelano piradão?
Estaria refém de algum terrorista afegão, naquelas empoeiradas chatas e quentíssimas montanhas, onde impera a vontade do barbudo Bin Laden?
Por acaso, Monique teria feito plástica e estaria disfarçadamente, atuando naquelas horrorosas novelas mexicanas?
Poderia ter se tornado uma sacoleira na agitada ponte Brasil-Paraguai?
Estas dúvidas massacravam mais a cabeça daquele infeliz carioca, do que chicletes, em boca de adolescente. Logo ele, que sempre achou que Monique, com seus irresistíveis encantos de serpente do paraíso bíblico seria a única mulher capaz de recuperar-lhe a heterossexualidade, perdida na infância e, naqueles quintais, das casas dos subúrbios carioca.
Sim, pois, Monique, nunca soube do seu amor platônico. Escondeu até o último dia em que a viu, sua condição de gay. E de gay, muitíssimo premiado, pois já tinha sido Miss Suéter vaporoso, de um clube em Caxias, quando ainda era menino.
Mais tarde foi coroado Miss Piscinão de Ramos e desfilava em bailes do Scala gay, em todos os carnavais.Chegou, inclusive, a ir para a Itália como travesti, ganhar uns trocados em Roma, na Via Apia, onde era conhecido com Carla Cudioro.
Porém, ao conhecer Monique se apaixonou. E ao invés de botar, começou a tirar as próteses de silicone. Deixou crescer a barba, fazia musculação, passando a ser o respeitado Mano Otávio, na noite carioca.
Foi lá que inclusive conheceu Monique dançando funk, numa festa rave que durou duas semanas e três dias! Festinha rápida, para o gênero. E sem que ela percebesse, a acompanhou durante muitos meses, até nascerem, novamente todos os pelos do corpo, as cicatrizes da retirada dos implantes se suavizassem e, aquele jeitão de boiola, fosse sendo consumido pelo novo macho espada e pegador.
Porém, depois de totalmente, recauchutado, o inesperado aconteceu: Monique sumiu!
Soube algum tempo mais tarde que, ela tinha ido morar na Bahia, perto do Farol da barra e apagando, desta forma a luz que voltava a acender na sua nova opção sexual e esfriando assim, o seu acarajé, recentemente, reabilitado no novo supermacho, Mano Otavio.
Enfim Monique escafedeu-se!
Uma noite, escutando num inferninho da zona sul, Ney Matogrosso cantando, “Telma, eu não sou gay”, o sangue ferveu-lhe nas veias e encheu a cara, bebeu todas e mais aquelas, entregando-se literalmente, ao passado que lhe condenava. Sequer conseguiu, voltar para casa. Acordou quando um policial militar falava-lhe com aspereza e indignação:
-Ô rapaz, você neste estado deplorável e sendo sodomizado por um anão, em plena via pública?
Ainda, muito zonzo, olha para trás e vê aquele tarado e maníaco anão, puxando a calça para cima. Revoltado com tudo, lembra-se de Monique, das suas frustrações e responde para o policial, com igual rispidez:
-Deixe este miserável se distrair, pois, pior do que ser estuprado por um anão, foi ter tido um sonho que durou tão pouco e foi tão pequeno e muito menor que este infeliz.
Portanto, continue botando, anão!
rs... É demais! Só você mesmo com essa mente fértil pra escrever uma história tão simpática e engraçada. J´pa pensou se os gays lindos e maravilhosos virassem homem? Seria muito bom pra mulherada que reclama a falta de machos,mas, na realidade,uma vez gay...rs... Montão de bjs e abraços
ResponderExcluirElaine Barnes
Que que uma mulher não faz com um sujeito.
ResponderExcluirRi demais..angustia de ex-gay é triste, mas tem uma graça que enche os olhos.
Muito hilária essa historia..
Beijinhos.
Obrigada pela visita, carioca! Você como sempre com um ótimo humor.
ResponderExcluirParabéns por tanta criatividade e aguçada percepção!
Cheiro!
rsrsrs...Que bom que aqui vim...estava meio borocoxô...mas depois de te ler, ri bastante e deu um alívio cá dentro de mim.
ResponderExcluirPreciso te ler mais, esta é a primeira postagem tua que leio.
Quando estive aqui, vim agradecer tua visita ao meu blog e confessei não ter te lido...acho que tenho perdido muitas coisas boas por aqui, mas sempre está em tempo, não?
Agora como diz minha amiga Elaine, ah se esses gays lindos virassem homem....ai ai ai...rsrsrs.
Beijos meu amigo.
Tenha uma deliciosa tarde de sexta.
Fique com Deus.
É, Paulo... Do que o amor é capaz...
ResponderExcluirOu a que ele nos reduz?
As paixões são assim, devastadoras!
Essa sua capacidade de criar história hilariante me encanta.
Beijos meus e ótimo final de semana, e claro, um dia 12 de junho perfeito para voce...
kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAdorei!!!
Mesmo se tivesse ficado com ela, quando a paixão teminasse ele voltaria a ativa ou seria a passiva? rsrs
Adorei!
ResponderExcluirHahaha, definitivamente muito bom, rapaz.
ResponderExcluirÉ dificil se encontrar algo engraçado de qualidade. Você conseguiou provar aqui que é capaz de dominar varias areas com uma facilidade tremenda hein amigo. Parabéns, ótimo post e continue nessa ^^.
POSTAGEM DE PAULACRISTINO, QUE NA HORA DE TRANSFERIR, NÃO ACONTECEU NADA, E POR ESTA RAZÃO EU COPIEI E ESTOU AQUI, COLOCANDO, QUE É A SEGUINTE:
ResponderExcluir1 – 1 de 1
Caro, Paulo... Isso poderia ser amenizado com uma fluoxetina 20mg pela manhã, mas acho que o problema vai muito além e deveria ser melhor investigado. Observo que as mulheres são as mesmas de sempre, desde o tempo de nossas tataravós, mas vivem em ambientes e são obrigadas a fazer tarefas que as instabilizam demais suas frágeis estruturas. Qualquer coisa frágil, diante do instável fica irritada. Pra completar, sinceramente, acho que poucos são os homens que estão sabendo ser homens hoje, e assumir a idade que tem! Talvez estejam perdidos diante dessa nova mulher ultra sensível, talvez... então, paciência, temos que ser mais humanos, as mulheres mais mulheres e os homens...homens!
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oi paulo,
ResponderExcluirque belo texto kkkkkkk
divertido do começo ao fim.
venha para este meu espaço também te espero la.
você cria textos adoraveis quem sabe um dia fico assim kkkkk difcil...
linda noite com bjos.
Num sei se a Monique voltou, mas a Roberta voltou viu?rss
ResponderExcluirBeijossssss querido.
Existe ex-gay? Sei não.... ahahahah
ResponderExcluirBjussss
Muito bom estas suas postagens. vou continuar a vir aqui. Vá até aos meus e comente em tudo o que achar de interesse. Mas em: www.queriaserselvagem.blogspot.com comente já no mes de Fevereiro o artigo "A minha luta".
ResponderExcluirE pesquise e comente, tambem em: www.congulolundo.blogspot.com
Um grande abraço
Olá Paulo!!!
ResponderExcluirObrigada por sua visita e comentário!!!
Voltarei mais vezes também tá!!!!
Parabéns pelo blog!!!
Beijos
OI... adorei o seu blog também, besu~
ResponderExcluirrsrsrs
ResponderExcluirBem legal a história. Se fosse verdade, q triste é mudarmos e o outro não valorizar a mudança.
Abraços, ótima nova semana.
oi amigo.
ResponderExcluirsaudades com bjos.
Pow fiquei com pena do "ex-gay".
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