NOVOS TEMPOS :A SENSUAL TRAINING.

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A década de 60 liberou geral aquela galera que, só fazia sexo depois de cumpridas as formalidades legais, e os seus pais orgulhavam-se de dizer que, suas filhas haviam casado virgens e de papel passado.

Segui-se, então, um período que, dar um pouquinho a mais ou um pouquinho a menos, não seria motivo para denegrir ninguém, desde que ela tomasse o anticoncepcional recomendado pela amiga. Naqueles tempos idos, camisinha de Vênus,ainda era uma simplória expressão, relativa a um tipo de vestimenta mais despojada da deusa grega do amor.Então, as mulheres, foram descobrindo aos poucos que o aparelho genital masculino não era o inexpugnável cofre do Banco do Brasil e que podia, tranqüilamente, ser explorado desde que houvesse um mínimo de motivação, nenhuma culpa por querer ser feliz , enquanto a porrada comia nas ruas e a democracia agonizava.
Lembremos que a mulher do período sexual paleolítico e, portanto, anterior aos anos da explosão das "perecas em chamas", jamais demonstrava ter vontade ou afinidade com a prazerosa arte de “fazer neném”. Prova disto, eram as repetitivas e insólitas reações e desculpas que elas davam, sempre que incitadas pelo parceiro a ter um prazer maior, do que comer pipoca sentada no sofá, vendo televisão.


Invariavelmente, ouviam-se frases que eram verdadeiras pérolas de inapetência e jejum da sensualidade feminina, como por exemplo:


- Se você quiser, eu deixo, por mim tanto faz,

- Se isto vai te aliviar eu faço,

-Pode, mas não ponho a mão, se vira aí,

-Pára, pára, não, não... seu desgraçado, ta vendo, eu não queria fazer isto, olha que sujeirada,

-Seu egoísta, é sempre a mesma coisa,

-O quê? Virar? Faz isto com a tua mãe,

-Ah, que nojeira, Tá satisfeito agora?



Hoje, o mercado abriu-se, literalmente, e em todos os sentidos, para as dádivas do prazer e já existem até aquelas gostosas instrutoras de artes sensuais, uma variação mais arrojada dos atuais profissionais de ginástica, genericamente, intituladas de personal training, e é sobre isto que repousa uma das minhas mais recentes fantasias, qual seja, o de fazer-me passar por um idiota completo, e marcar uma consulta com umas dessas instrutoras de artes sensuais.

Primeiro, como todo homem faz, mentiria descaradamente, e ela como toda mulher age, fingiria cinicamente, que estava acreditando. Diria que não fazia sexo há dois anos e seis meses, pois minha “senhoura” era estéril, psicótica, cardíaca, epilética, hipertensa, só possuía um rim, metade do fígado, um terço do estômago e nenhum pulmão.


Faria, então, as deprimidas caras e bocas de carente, desesperado e abandonado à própria sorte afetiva. Um ícone da infelicidade! E ao encarar com aquela gostosa instrutora de artes sensuais, diria convicto:


- Instrutora, estou aqui para ter uma aula de atualização daquelas posições que fazemos na cama, quando nosso objetivo não é dormir. Depois de todo este tempo que lhe falei, sem fazer sexo, eu não sei fazer mais nada na cama, a não ser... dormir. Durmo, por exemplo, de bruços, de ladinho e de costas. Na realidade, eu prefiro de ladinho ou conchinha pois, como tenho desvio do septo, nesta posição meu nariz não entope, não me engasgo e evito ter uma apneia - aquela incrível sensação que nunca mais vou respirar.


Dito isto, esperaria que ela perguntasse:


- Mas é impossível você não se lembrar! Nem daquela posição enfadonha, básica?

- Bem, já que você perguntou... Espera aí instrutora, deixe-me pensar se ainda me lembro - sempre fazendo cara de carente e imbecil.

- Sim instrutora, estou lembrando, ajude-me, por favor... Bota sua perna esquerda, ali em cima da mezinha de cabeceira, com cuidado para não derrubar o elefante de porcelana ou afundar o calcanhar naquele pote de vaselina. Veja, estou começando a relembrar. Acho que vamos fazer até uma posição bem supimpa!

Estica, e suspende a perna direita, em direção ao ventilador do teto e fica acompanhando o movimento da hélice. Isto, assim,mas cuidado para não cair pela janela.


Este movimento é muito bom também, para reforçar a musculatura interna das suas coxas. Agora “instrutorazinha” afasta mais a perna esquerda da tromba do elefante, ou tira aquela merda dali! Assim está bem, obrigado. Agora, com a sua mãozinha direita, segura aqui, isso bem aqui, ah, que saudade, intrutora!, Aproveita que até agora, a sua mão esquerda ainda, está livre e tira este maldito cachorro de cima da cama.


Lógicamente que a experiente sensual training, iria perceber minha ansiedade e começando a me estressar, a instrutora decidiria dar uma verdadeira aula de sexologia, objetivando acalmar-me:

- Se eu ainda estou lembrada – diria-me com absoluto ar professoral - esta é a décima segunda posição do famoso sexólogo hindu Kama Lharga, em seu livro intitulado: “Dando a Buda”.


Neste livro, ele ensina como viver feliz e saudável sem sair da cama. Na referida obra, o autor propõe as mais incríveis técnicas de como transformar um básico homem sonolento, em um verdadeiro macho caçador, carnívoro, uma verdadeira besta humana, autêntico espada e, aquela mulher estressada, cansada e frígida numa autêntica, mulher-aranha- afirmou


Pasmo com tanta sabedoria, e para demonstrar o mínimo de conhecimento sobre a vida de kama Lharga, contei-lhe que havia lido que o referido autor tinha sido expulso da china na década de 80, por ato inadvertido, e de terrorismo explicito, quando escolheu como título de sua palestra em Pequim:

"Crescei-vos e multiplicai-vos".
Acontece que naquela época, o governo daquela populosa nação, premiava com um radinho de pilha o casal que não tivesse nenhum filho. Quase foi decapitado


Um autêntico primata. Prova disto, é que ao vir a estas terras brasileiras, não ensinou nada a ninguém e ainda levou daqui, farto material didático para estudar e se atualizar para o resto da vida, pois o pleno domínio de todas as formas de sacanagem possíveis é o nosso maior patrimônio- finalizei orgulhoso!


Retornando a nossa aula, e já que havíamos esgotado o tempo dedicado às teorias sobre a matéria, pedi a instrutora para que, antes dos “finalmentes”, ela me trouxesse uma caipirinha, fechasse a porta da suíte, abrisse o chuveiro, mudasse a fronha e o lençol da cama, apanhasse uma toalha de banho bem grande felpuda e cheirosa, tirasse meus chinelos do caminho, apagasse a luz da sala, acendendo a do quarto, desligasse o telefone, colocasse um sonzinho, soltasse os cabelos, ligasse o ar condicionado...

-Êpa,espera aí, companheiro! – interrompeu-me, histericamente, minha musa sensual training, que aos berros, analisou meu quadro patológico de forma bem objetiva:

- Descobri, sua mulher não tem doença nenhuma.É por isso que você diz que não faz sexo com sua mulher há muito tempo. Afinal, nenhuma mulher conseguiria ficar acordada depois de cumprir todas estas suas ordens e executar tão broxantes tarefas.Ao invés de uma instrutora de artes sensuais, você tem que contratar é um administrador especialista em organização e métodos de ir para cama sem enlouquecer com tantas e diversificadas ordens, a companheira.


Tchauzinho, senhor escravocrata! - E saiu levando todas as minhas fantasias.

COMPROVADO:PONTO G NÃO EXISTE, AGORA QUERO INDENIZAÇÃO.








Vamos aos fatos: Em sessenta anos de estudos, nem os cientistas conseguiram encontrar esse tal do Ponto G.

Um tresloucado alemão e cientista que em 1950, Ernst Gräfenberg afirmava que existia na mulher, na sua vagina, uma área que uma vez estimulada seria a responsável por altos índices de excitação sexual, levando-as aos orgasmos com facilidade.

Era o Ponto G , G de Gräfenberg.

Pois bem, um grupo de pesquisadores da Universidade de Yale, nos EUA,liderados pelo urologista, Amichai Kilchevisky, pesquisaram durante os últimos sessenta anos e revisaram então todos os estudos que destacassem algum dos seguintes termos: "ponto G", "ponto de Gräfenberg", "inervação vaginal", "orgasmo feminino", "zona erógena feminina" e "ejaculação feminina".

A conclusão não poderia ser mais clara: após mais de meia década de estudos, ainda não há evidências científicas sobre a existência do ponto G.

E afirma a pesquisadora Junia Dias de Lima, categoricamente:-

"Anatomicamente ele não existe. A gente faz cirurgias, dissecções, e esse ponto não existe",

Muito bem , não existe,fato provado e eu agora como fico?

Sim, quero indenização de cada uma das minhas companheiras que exigiam que eu descobrisse esse maldito e inexistente Ponto G, nelas.

Pegavam a minha mão e , como se eu fosse um idiota,isso mesmo,umverdadeiro idiota e enfiavam meus dedos aqui e ali, diziam que era mais para cima, para baixo, para esquerda ou para a direita.

E eu me sentia fazendo sexo em Braile, perdendo um tempo precioso naquela bobageira e ainda, em função do meu insucesso, escutava ofensas tipo:

-“você é um paspalhão incompetente pois, o fulano e o cicrano, conseguiram encontrar”.

Algumas ameaçavam ir embora, outras diziam que comigo “nunca mais” como se eu fosse um reles torturador das mais cruéis ditaduras.

Desculpava-me, dizia que não era ginecologista, muito menos cirurgião e nem tinha levado bisturi, mas não adiantava,pois aquele pequeno , mais atuante grupo de amigas eram muito atuante e toda vez era aquele, mesmo inferno!

Fui muito humilhado, chamado de incompetente, e até de ”Don Juan” do Piscinão de Ramos.
A outra até duvidou que um dia eu tivesse saído com outra mulher,assacando contra a minha honra de macho-espada e olhando-me com desprezo, apesar de todo meu equipamento de invasão do território dela estivesse em pé de guerra.

Esta última, eu vou agora e imediatamente processá-la e ela será a primeira.

Simplesmente porque ao chegarmos na acolhedora alcova dos prazeres, ela apresentou aquele corpão tipo melancia, e vocês sabem que melancia é um fruto tão grande que, nenhum homem consegue comer sozinho.

Pois é, linda extraordinariamente encantadora e me arremessei em cima dela, bufando mais que búfalo no cio.

As narinas abertas, as pontas da orelhas quentes, o rosto vermelho e ardendo de tanta e justificada excitação, e no entanto, ela diz:

-Êpa, vamos com calma, mocinho!

Era paulista ,me chamava de "moço", mas de mocinho, estranhei e senti que ali tinha algo mais , e continuou:

-Da ultima vez pedi que encontrasse meu Ponto K que li na revista feminina e que ficava exatamente, acima do Ponto G, mais a direita e para cima, atrás do meu clitóris e você , com a sua habitual falta de técnica e insensibilidade disse que iria me levar a loucura encontrando , sim, o meu Ponto T, iludindo-me que o ponto T era a mais nova descoberta dos sexólogos, e significava, Ponto Tesão, lembra seu safado? – irritadiça jogou isso na minha cara.

Lembro realmente que apelei para aquele tal de Ponto T e até que deu certinho, ela disse que estava fantástico , maravilhoso, eu tinha realmente achado o Ponto T dela, e outras considerações e afirmações deliciosas feitas por ela, em meio aqueles incessantes gritinhos de ai,ai, ui,ui.

Bem como não podia deixar sem resposta, aquela provocação, falei:

-Ponto K? Mas se eu nunca consegui encontrar em você aquele ordinário do Ponto G , você queria agora, que eu descobrisse o Ponto K que ficava acima do Ponto G, um pouco mais a direita e atrás do seu clitóris?
Ora, estas coordenadas não serviram para nada , pois se nem sabia onde era seu Ponto G, atrás dele para mim era, lugar nenhum- arrematei muito revoltado!

Estão vendo as humilhações, as cobranças, as crueldades a que fui submetido?

E agora a conclusão de que este Ponto G nunca existiu.

Ok, tudo bem, então vou querer indenizações de todas elas.

Pode ser até em beijo na boca ou outras formas de pagamentos mais completas e profundas, mas sofri muito para deixar passar sem o devido retorno, todas aquelas ofensas e deboches .

Então, clientela antiga, prepare-se pois, estou cobrando!