E-MAIL SOBRE OS LOIRINHOS.



Continuamos a receber diversos e-mails. Desta vez destaco e publico o de um homem casado o qual transcrevo, esperando a contribuição de todos para refletirmos sobre o problema deste aflito companheiro.

Leonildo do Jardim Botânico, Rio de janeiro.

 Amigo Paulo,

Sou casado há três anos e no inicio minha mulher me chamava de “mô” e ”bombonzinho”, porém de uns tempos para cá parou com estes apelidos afetivos e me trata com indiferença e sempre à noite quando a procuro ela diz na minha cara que não está com vontade, se vira e dorme.
Faço tudo por ela e até no mês passado contratei um jardineiro que ele sempre quis que cortasse a grama dela,pois gosta dela sempre bem aparadinha. É um rapaz muito educado, malhado, loiro, 1.80, parecendo mesmo um artista de televisão, tão educado que as mulheres aqui do condomínio tem muita pena dele e todas elas o contrataram, também.
Ela vivia dizendo, também, que não tinha “saco” de freqüentar uma academia e para que ela tivesse mais conforto contratei a pedido dela, um professor de educação física, rapaz gentilíssimo, loiro, olhos azuis, como ela própria diz, “muito bem apessoado” que cinco vezes por semana vem aqui e fica três horas tratando do corpo dela com exercícios os mais diversos.
Não é nem pelo salário que eu pago, porque ele disse que, para inicialmente ajudá-la iria cobrar só R$ 50,00 por mês. Estranhei , mas ela me respondeu que nem todo  mundo era “olho grande “como eu e que ainda existia gente boa e caridosa neste mundo.
Paulo saiba que ela, para não precisar fazer comida e lavar louça e arrumar a casa, ela me pediu para contratar um empregado doméstico, porque estava cansada de mulher como empregada doméstica, dizendo que faltavam muito e que outro loirinho, irmão do porteiro daqui do condomínio e que, foi até chefe de cozinha num grande hotel daqui do Rio de Janeiro, estava disponível e tinha aceitado o emprego. Ele chega aqui pela manhã faz todo o serviço e meio dia vai embora,porque trabalha também como modelo numa empresa de creme dental.Realmente os dentes dele são perfeitos.
Amigo só lhe contei estes detalhes para lhe mostrar como nunca nego nada a ela e sempre procuro dar-lhe o melhor.
Tenho trabalhado muito, saio muito cedo de casa e nunca volto antes das 23h, pois tenho que fazer muitas horas extras para pagar todos estes meus compromissos com a casa.
Qual a sua opinião?

Resposta:

Leonildo despede todo mundo,inclusive ela!





COMO ELE NÃO COMEU MARILEINE !!!

                                          



Estava na praia sob um sol escaldante. Sensação térmica de quarenta e cinco graus debaixo da barraca e em meio aquela sensação de que o deserto do Saara era ali, o cara vislumbrou um oásis de mulher, loira natural e naturalmente, irresistível com um fio dental preto, lindíssimo, deslumbrante, simplesmente porque quase não se via...o fio dental!
Acenou com a cabeça, esboçou um sorriso para aquela mulher lindíssima que estava deitada de bruços, olhando na sua direção. Então, ela levantou-se, também, mas em direção ao mar, como se estivesse querendo dizer:
-Olha aqui, o que, nesta vida, um homem pode desejar de melhor, numa mulher!
Ela não deveria ter feito aquilo. Ele já estava satisfeito só com as suas costas lisinhas, bronzeadas, sem um sinalzinho sequer e aqueles dois morrinhos no final, de onde saíam duas coxas roliças, e com penugens tipo pêssego. Absolutamente, gostosas. Ponto.
Loira com penugens tipo pêssego derruba e causa arritmia no mais normal dos corações masculinos.
Levantou-se também, e seguiu-a por trás, num ângulo privilegiado e ainda tomando fôlego para se acostumar com o que esperava ver pela frente.
Disse:
-Calor infernal, né?
Ela olhou para trás e falou:
-Oi, verdade. Ah toma conta das minhas coisas lá na areia?
Deu meia volta, tal qual um solícito serviçal destas grandes mansões e ocupou o território dela.
Mulher tem que saber mandar. E como ela sabia. E podia.
Ela deu uma mergulhada e aí sim de frente para aquela maravilhosa realidade, ele descobriu o novo Colosso de Rhodes com uma boca carnuda, nariz empinadinho, olhos levemente puxados cor de mel, dois seios um do lado do outro, robustos, mas comportados, sem ter passado por cortes, nem próteses de silicone, um ventre de santa, e aquele andar, tipo mexe-mexe, enfim um corpo moldado no dia mais inspirado do Homem lá de cima.
-Apanha esta tolha - e pediu com um leve sorriso de quem sabe a força do sorriso que tem.
Passou levemente no rosto, estendeu-lhe a mão e se apresentou.
-Prazer, Marileine.
Antes mesmo que ele pudesse dizer o meu nome, ela atropelou.
-Vou tomar um mate.
Aí, o extasiado serviçal deu um berro e o cara do mate veio correndo e perguntou-lhe.
-O Sr...Também toma?
Imediatamente reagiu;
-Não, e ela quem vai tomar, e disse isso olhando escancaradamente para aquele par de coxas que estavam a sua frente, pois, sentado na toalha ele tinha a impressão que o mundo era realmente, só aquele par de coxas, pois, naquele instante tinha sumido o mar, as pessoas em volta, e tudo era e tão somente, só coxas!
-Ah, também quero biscoito e deixa água de coco também - Marileine completou o pedido.
Ordenou ao cara que servisse.
O vendedor perguntou-lhe.
- E o senhor, vai comer?
Coincidentemente ouviu aquela frase que denunciava sua intenção e pensando alto balbuciou:
- Pretendo comer...
Quando o vendedor ofereceu-lhe o saco de biscoito, ele acordou e corrigiu.
-Não, mais tarde. Mais tarde, eu...talvez coma, também, o biscoito. Não quero agora.


O “também” abriu um sorriso em Marileine que nem uma garota propaganda escolhida realmente, a dedo e no sofá certo, conseguiria tal desempenho: Perfeito!
-Trabalha em que Marileine? – perguntou-lhe.
-Sou freelancer... Faço traduções.
-De qualquer língua? - Apimentou com uma inevitável vontade mórbida de agarrá-la ali mesmo
-Grego e inglês.
Antes que fizesse qualquer comentário Marileine chamou o vendedor de sorvete e pediu um picolé. Optou por chocolate crocante. Quando ela segurou no pauzinho ele viu as mãos mais delicadas e singelas, com as unhas pintadas de vermelho sensual.
Ela levou a ponta do sorvete à boca e deu uma chupada na pontinha. Ato reflexo, ele deu uma mexida na areia, parecendo ter sentido a consequência prazerosa em si, diante daquele inocente ato da sutil Marileine.
Pagou, ou melhor, continuou pagando.
-Você mora por aqui, Marileine?
-Com meus pais.
-Estuda?
-Estudei até os vinte e três.
-Então, parou há pouco tempo...
-Quatro anos.
Pronto descobrira que aquele mulheraço, tipo grande final de gala do Cirque de Soleil, tinha vinte e sete anos.
-Se formou em quê?
-Nutricionista.
Oh céus, era tudo que ele precisava! Iriam falar sobre comer, qual a melhor comida, como comer melhor, onde,e o quê, devagar, médio ou de presssinha, se chupar laranja tinha mais vitamina do que tangerina, se ela gostava de mandioca, cenoura, nabo...
Enquanto pensava estas mirabolantes e antropofágicas fantasias sensuais, passa novamente o cara do Mate. Pagou, outro. E mais um sorvete e, enfim...Continuou pagando.
Naquele momento,aquilo era melhor investimento dele.
Porém, num abrir e fechar de olhos, poucas semanas depois tudo teria mudado e sentia agora saudades de Marileine, pois, ela tinha se casado com um armador e milionário grego.


A competição foi muito desigual, pois, ele só tinha um caminhão que, até daria para levar toda aquela areia de sedução mas, reconhecia que, nos navios do grego, Marileine deveria estar sentido mais segurança e com mais espaço para servir-se e ele até esperava que ela pudesse estar sendo bem atendida, em mesas fartas de muitos e variados talheres.
Pois, enquanto, Marileine esteve com ele, naquelas poucas horas na praia nem os seus talheres ele pode apresentar, como ela merecia! Porém, quem sabe um dia ela se lembrasse dos biscoitos, mates e picolés de pauzinho servilmente pagos por ele, naquela areia da praia, na qual ele tornou-se escravo de todos os mimos e vontades dela?
E se um dia ela voltasse, enjoada do balanço da embarcação grega em alto mar, pensava ele com sonho solto e livre dos otimistas ingênuos, ela iria pagar tudo com juros e correções monetária com  muitas moedas de sexo ardente.
A única duvida que ficava, era qual a moeda aquele lindo corpo daria preferência para negociar sua poupança afetiva.
Uma dúvida cruel e que já tinha sido muito desfavorável a ele.
E com este sentimento agudo de inferioridade e perda,  sempre que voltava àquele mesmo lugar na praia e durante muito tempo,berrava enlouquecido:
-Querem que eu minta? Eu perdi,eu perdi!