FEBRE DE DESEJOS

Se fossemos pesquisar todas as diferentes situações, nas quais o ser humano se sente mais confortável para tratar e vivenciar suas fantasias libidinosas, a tabulação dos resultadas, não caberia nem nos robustos computadores de NASA.

Desde o insólito, ao bizarro, do inesperado ao mais comum dos desempenhos sexuais, o ser humano, dentre as espécies animais é o único que cria momentos de sensualidade com extrema criatividade, e faz da sexualidade um prazer independente do ato de procriar, diferentemente, de todas as outras espécies animais.

E tem gosto para tudo!Tem homem, por exemplo, que só gosta de mulher loira, inteligente, discreta e filósofa. Coitado, que vida difícil à deste cara! Outros já preferem as morenas, que detestam fazer compras e encher a fatura do cartão de crédito, de débitos. Este vai sofrer muito!

Tem mulheres que gostam de homens muito mais novos, garotão sarado, e para isso investem – literalmente – todos os seus recursos disponíveis nesta preferência. Não se iludam, vão receber muita carta de cobrança, em casa. Outras já mais realistas preferem homens muito mais idosos e experientes. Certamente, coitadas, além de viverem dependuradas no telefone da farmácia, irão sempre para a cama bem cedo...Dormir

Enfim de tudo um pouco, encontramos um pouco deste tudo, inclusive no cara que adorava quando sua mulher ficava com febre.

É verdade!

-Benzinho, você está espirrando, vai ficar resfriada.
-Ih, Carlos Eduardo, vira esta boca pra lá!
-Marta Maria, um resfriadinho de vez em quando é normal.




Às vezes até uma pneumonia.
-Nossa que conversa de UTI, sai pra lá!



-Também não exagera Marta Maria, fico louco de tesão quando você tem febre.


-Enlouqueceu Carlos Eduardo? Tanta coisa pra você gostar em mim: minhas coxas, meus beijos, essa sua tara na minha bunda, agora desejar que eu tenha febre?


-Marta Maria, quer que eu minta? É isto que todo mundo chama de cumplicidade, é quando os parceiros participam e aprovam, uns as preferências do outro e quando você tem febre você fica um vulcão por dentro. Lembra-se lá em Campos do Jordão, naquele frio desgraçado, quando você ficou de cama três dias, com febre de quase quarenta graus...

-É você seu safado, não saía de cima de mim...
-Marta Maria eu adoro você com febre, fica pelando lá dentro, nem posso pensar...

-Tá bom, então vai transar com o forno de microondas, seu idiota taradão.Ou então, com o nosso fogão tradicional, que além de esquentar tudo, ainda tem mais cinco bocas do que eu.
-Marta Maria você com febre, realmente sua boca fica quentinha, gostosa, e me enlouquece...




-Carlos Eduardo, você está ficando maluco!
-Não Marta Maria, sou verdadeiro.
-Esta vendo: eu agora não paro de espirrar e minha garganta já esta começando...
-Marta Maria é seu instinto de fêmea que está falando mais alto, você quer o melhor pra mim. Vou sair e comprar umas latas de sorvete, pois, se vier uma pneumonia eu troco seu carro, por um zero quilômetro.
- Troca? Eu acho Carlos Eduardo que já estou com febre. Deixa-me colocar o termômetro.Não disse, trinta e nove e nove. Quase quarenta!

-Não Acredito Marta Maria
-Tudo bem, mas olha pneumonia eu não te garanto, mas que essa febre não vai passar tão cedo, pode ter a certeza...
-Que carro é, Carlos Eduardo? O que eu sempre quis?
-Se a febre ficar hoje e amanhã eu dou o que você sempre quis.
-Não me engana, seu canalha...
-É sério Marta Maria
-Nossa, Carlos Eduardo, já estou com quarenta e um graus.
-Então vamos, Marta Maria, vamos incendiar aquela cama, e aproveitar enquanto ainda você não está com aquela tosse compulsiva, mas não deixa a febre baixar.Promete?
-Prometo. Vamos Carlos Eduardo. Vou chamuscar esta lingüiça, meu maluco adorado! Tudo por um zero quilômetro, engata logo a primeira. (risos, muitos risos).

MASTURBAÇÃO E OUTRAS CONVERSAS !!!



Diálogo entre duas mulheres:

- Betina Lara, posso lhe fazer uma pergunta?
- Lógico Lucia Helena. Só vou te avisando que dinheiro, tá ruim.
-Nada disso, é uma coisa super séria Betina Lara.
-Ih, mistérios impenetráveis? Madame mistérios...
-Não, mistério é pra quem está devendo alguma coisa, está na ilegalidade, mistério é coisa de cinema, mulher metida a importante...
-Então fala, Lucia Helena, que coisa tão séria é esta?
-Betina Lara,você se masturba?

-Lucia Helena, mas que coisa séria, Oh, my God... Pensei até que você fosse amante de algum destes caras da “alta” e não pudesse falar. Quanto mistério... Que bobagem. É lógico que me masturbo!
-Mas você gosta?
-Não Lucia Helena, eu me masturbo pra sofrer...(risos, muitos risos).
-Não Brinca...
-Não brinca você. Sabe por que, além de sentir prazer, eu me masturbo?
-Não Betina Lara
-É porque aí eu não tenho que dar satisfação nem depender de puto nenhum! Nenhum macho, mandando eu virar, empinar, chupar, mais depressa, não, agora devagar, devagar, assim, to chegando, to indo, não, ainda vou ---assim é o cassete. Os caras parecem que estão jogando videogame. Olha, quem me garante Lucia Helena, quem me garante, é este aqui...
-Este seu dedinho ,não é Betina Lara?
-Dedinho amigo e gostoso.
-E ducha Betina?
-Também
-E aparelhos?
-Aparelhos... você é exagerada Lucia Helena.Só um belo vibrador, médio-grande. Nós estamos falando de masturbação ou de pesquisas de genética, astrofísica, física quântica.Pra que tantos aparelhos?
-Ai, pai me chicoteia... Eu tenho vários, cada tem uma função diferente...
-E dedo, também?
-Também (risos, muitos risos).
-E sabe Betina Lara eu comecei a me masturbar geral pra não ficar, realmente, dependendo destas merdas destes homens com cheiro de cerveja na boca, estressados, botam e vão logo espirrando tudo. Ah, homem, é um negócio muito irritante.Detesto depender de homem.
É como você disse, não tenho que dar satisfação a nenhum deles.
-Lucia Helena experimenta passar, óleo de Castanha da índia, lá na sua coisinha.
- Coisinha? Ah, ta. Vou logo lambuzar ela toda.Castanha da Índia? Só pode ser Castanha da Índia?
-Po, Lucia Helena o meu barato é com óleo de castanha da Índia, passa então óleo de Peroba, óleo de fígado de bacalhau! Ai que chato, mulher! Não sei porque, dá uma sensação legal. Não me pergunte a razão.
- Não, tudo bem, vou passar...Porque você mora aqui sozinha Betinha Lara?
- Pra me masturbar sozinha (risos, novamente, muitos risos).
-Ah, eu tava com tanto medo de perguntar isso, Betina Lara
-Lucinha, amor, sua bobinha ,dá um beijinho na minha boca, sua gostosa.
-Ah, você gosta? Meu pai continua me chicoteando. Ah, Betina Lara é chato.
-Não, é não é muito melhor que ficar se entregando a estes machos, inconvenientes, metidos à merda.
-É isso mesmo, Betina Lara, te beijo toda.
-Detesto homem Lucia Helena...
-Eu também.


NOTA DA REDAÇÃO: Pois é.

ORGASMO: COMO TÊ-LO, SENTI-LO, FAZÊ-LO E CURTI-LO.



No século dezessete, o biólogo Desmond Morris no seu livro O macaco nu afirmou que a finalidade do orgasmo feminino era só um processo meramente, fisiológico para que fêmea pudesse suportar uma intimidade física com o sexo oposto . Isto mesmo:Suportar!
O autor sugeriu que a relativa dificuldade em se alcançar o orgasmo feminino, em comparação com o orgasmo no sexo masculino, poderia ter uma função favorável, segundo os conceitos da biologia evolucionista de Darwin, pois obrigava a fêmea a selecionar minuciosamente, o companheiro.
E nesta demorada pesquisa ela teria que encontrar um com qualidades como paciência, atenção, imaginação, inteligência, em oposição aos fatores tais como, tamanho e agressão, características, estas muito comuns aos símios machos.
Essas qualidades vantajosas foram sendo transferidas para a evolução da espécie humana e determinam as diferenciações entre os orgasmos dos sexos masculino e feminino. Ou seja, a mulher demorava a gozar, porque tinha que encontrar, demoradamente, um parceiro com tão efetivas e singelas condutas.
Desmond Morris também propôs que orgasmo poderia facilitar a concepção, pois quando ela o atingia,ficava extremamente esgotada, cansadíssima e assim se manteria com o corpo na horizontal, impedindo desta forma que o esperma escorresse para fora do trato genital. O nome cientifico que ele deu a isto é "Hipótese Poleax" ou "Hipótese do nocaute".
Esta é uma matéria controversa, cheia de penetrações duvidosas na área da biologia humana e, muito ainda tem que ser discutido.

Obviamente que muito melhor é sentir orgasmo, do que filosofar sobre ele, no entanto há que haver um mínimo de conhecimentos científicos para podermos explicar porque é tão bom ou como diriam os coelhinhos: está bom, não foi ?

Em outro texto cientifico li que na espécie humana, de maneira geral, tanto homens quanto mulheres podem sentir o orgasmo. Quem faz uma afirmação dessa só pode estar de sacanagem. E também, é uma informação preconceituosa, afinal, lésbicas, entendidas, travestis, gays e assemelhados, podem sentir também. E porque não?

Portando, pode ser experimentado por ambos os sexos e suas infinitas variações de opções, mas o orgasmo dura apenas , e neste caso, para os homens desgraçadamente ,somente breves segundos - poderia ser pelo menos meia hora, não e´? -provocando intensa excitação nas zonas exógenas genitais exigindo integral esforço do nosso sistema circulatório.

Aqui gostaríamos de fazer um breve comentário, pois existe muita confusão entre zona erógena e erótica.





Zona erógena você já nasce com ela, e são a boca (pois segundo Freud, caso não fosse assim, o recém nato, não teria motivação e prazer para sugar o mamilo da mãe) e as genitálias. E vamos ser bem, objetivos: ânus não é considerado genitália. Entendido?

Mas, não muda nada.Fica frio!

Já a zona erótica é aprendida, vêm com o tempo é um fenômeno cultural: Por exemplo, você tem um companheiro que é taradão e adora ficar, dando dentadas na sua nuca, nos momentos libidinosos, então é possível que por reflexo condicionado, você desenvolva no nesta área, quando submetido a dentadas, um prazer enlouquecedor. Isto vale para dedão do pé esquerdo, nádega direita, ouvido,coxas, ânus...agora , sim!

É, também, o caso, de podermos nos estender um pouco mais em outro conceito, muito controverso: Se você pega uma pena de galinha e fica passando pelo corpo, isto é uma estimulação de zonas erógenas e eróticas.
No entanto, quando você estupra a galinha, lógico que você é um doente mental. Portanto, uma coisa é uma coisa, outra coisa e outra coisa.

A ausência de orgasmo de forma continua é considerado uma doença denominada de anorgasmia, porém dou uma sugestão, antes de ir ao médico troque de parceiro, funciona em noventa e nove por cento dos casos.

Sim, pois se o cara não conhecer os segredos do cofre ou a mulher não gostar de ir para cama com a motivação, - mesmo que seja, só na fantasia – de que ela depois irá ganhar vários cartões bancários - realmente vai ser uma anorgasmia, generalizada.

Então, complicaram ainda mais esta salada de gozos, com o descobrimento do Ponto G, agora Ponto K, preliminares, orgasmos clitoriano e vaginal ,múltiplos orgasmos femininos, centenas de posições que acabam entortando hélices de ventilador do teto, quebrando abajur,e finalmente, criaram o Dia Internacional do Orgasmo. 31 de julho.
Nossa, como era fácil fazer sexo!

ODORES DO PRAZER, INCLUSIVE OS MAIS BIZARROS.



Sexo e odores sempre caminharam juntos, tal qual irmãos siameses. Industrias milionárias faturam oceanos de dinheiro, misturando essências aromáticas e, nisto, os franceses tornaram-se imbatíveis.

Alguns críticos mais atrevidos dizem até que eles e os europeus em geral, costumam dispensar o tradicional banho diário, encharcando-se dessas divinas “água de cheiro”, segundo, as denominam nossos nordestinos.

A desculpa seria o frio intenso daquelas regiões.Uma das mais curiosas, desta extrema valorização natural dos odores corpóreos, é atribuída a Napoleão que no regresso a casa após intensos meses de guerra, mandava antes um mensageiro, com uma ordem expressa para sua mulher amada: ”Não se lave, estou chegando”.

No entanto, idiossincrasias à parte, a imensa maioria dos humanos, prefere mesmo é aquilo que no século XVIII, conquistou a generalizada preferência dos súditos de Luiz XV e, uma legião de adeptos aos perfumes, sejam estes as mais leves e femininas fragrâncias de jasmim aos agressivos e concentrados aromáticos machistas de pimenta do reino.

Modernamente, recentes pesquisas atestam que uma substância chamada de feromônio, exalada através do suor e, das virilhas e axilas, é que na verdade servem de estimulo sexual, na eterna e sempre insubstituível arte de amar.Machos e fêmeas atraem-se pelo cheiro natural do corpo, emanados destes hormônios.

Entre os animais, para alguns tidos como irracionais, como os cães, por exemplo, esta evidência e flagrante, pois os machos ficam, literalmente subindo pelo canil, quando suas fêmeas estão no cio.Já os cavalos pulam qualquer cerca para um galope de amor e as borboletas sentem estes odores a quilômetros de distância e durante o trajeto, na procura do seu amado alado, vão dando, literalmente, asas as suas imaginações.Entre os humanos estes odores dos hormônios do sexo oposto, estimulariam o hipotálamo, uma região do cérebro ligada à sexualidade.


Todas estas evidências, constatações e, históricas regressões, ao mundo dos odores afrodisíacos, leva-nos a identificar, no entanto, preferências outras, neste contexto de formas incomuns de excitação da libido e conto-lhes a estória de um homem extravagante.

A década é a de sessenta. .

Tempos difíceis para o relacionamento sexual entre os jovens iniciantes, de um modo geral, pois, eram muito diferentes os conceitos de “ficar” dos namoros modernos.Antigamente “ficar” era realmente ficar na mão ou ficar a ver navios. Um beijo na boca constituía-se numa conquista, cuja espera era tão ou mais inconveniente do que exame de próstata.

Modernamente, existe até competições entre eles e elas, nos fins das baladas, “raves”, bailinho funks ou assemelhados, para ver quem beijou mais bocas.Relação sexual, propriamente dita, naquela pré historia do prazer, era com prostitutas, namoradas com mais de dez anos de convivências, noivas com uma certa estabilidade, vizinhas - muito poucas - algumas primas mais generosas e, inexoravelmente a grande salvação da rapaziada que eram as empregadas domésticas.

Um dia destes, algum intelectual de plantão, ainda irá escrever uma tese sociológica sobre a verdadeira iniciação sexual do homem carioca e, acredito brasileiro, e então estas lendárias “secretárias do lar” terão resgatado as suas participações humanitárias e pedagógicas neste processo vivenciado por toda uma geração.

Nos bairros, a rapaziada reunia-se nas praças.

Sentavam-se nos bancos e a paquera, visava predominantemente, as doces, tenras, e generosas empregadas domésticas. A história daquele homem extravagante intrigava a todos, sempre que conseguia conversar com alguma delas.Seguia sempre um mesmo ritual, pois, ao pegar na mão das meninas ele as beijava, como se estivesse chegado, depois de estar seis anos no deserto, à beira de um grande e bondoso lago de águas límpidas. Depois, levava a mão ao bolsinho que toda calça de homem tinha na frente.Aliás, eram duas características bem diferentes das calças de hoje, pois suas “bocas” eram muito largas, chamadas de “boca de sino” e duas pregas bem evidentes em cada perna, abaixo da linha da cintura e acima do vinco, que tinha que estar muito bem delineado para demonstrar que aquela calça fora corretamente, passada a ferro.

Pois, bem aquele homem, após segurar a mão da garota tirava deste bolsinho da frente da calça um pequeno vidro, falava alguma coisa com a “presa”, que geralmente ria e a seguir depois de abrir o vidrinho espalhava um pouco do seu conteúdo nas mãos dela e ficava cheirando durante muito tempo.Pedia também para passar no pescoço das jovens, mais a maioria não permitia.Então, seguiam para uma daquelas ruas desertas próximas e consideradas próprias para a consumação dos fatos.

Durante muito tempo todos os seus amigos ficaram sem saber que perfume fatal era aquele que usava e, finalmente um dia ele confidenciou, que pelo fato de ter, exclusivamente, sexo só com empregadas domésticas ele tinha ficava viciado no perfume divino daquelas musas: Água sanitária!