Estava tão dolorido que mal
conseguia levantar-se da cama. Mas afinal o que teria acontecido? Com muito
esforço foi ao espelho e ao olhar-se viu que, seu rosto estava com os olhos
pretos como se dois socos muitos potentes os tivessem atingidos.
Seus lábios inchados, não
davam mais para fechar a boca e todo o seu corpo estava marcado por dentadas e
unhas perfurantes.
Não acreditava naquela visão
aterradora das marcas no seu corpo. E começou a tentar lembrar-se do que tinha
acontecido.
Chegara à conclusão que antes
de dormir estava em perfeito estado físico e agora aquele terrível bagaço
humano.
Aos poucos, no entanto,
algumas lembranças começaram a vir a sua mente, eram fugidias lembranças do seu
sonho.
E logo escutou, Escutou uma
voz lá no fundo da casa:
-Bromélia,minha esposinha querida, comprou minha
cervejinha?
-Não tive tempo Clodoaldo
Praxedes, trabalhei feito uma louca, arrumei a casa toda, o banheiro estava um
chiqueiro, tinha cueca suja até debaixo da cama, o chão estava coberto de
farelo de pão, pedaços de mortadela, cinzas de cigarro. Você está fumando muito
Clodoaldo.
-E o que você tem com isto,Bromélia? O
pulmão é meu e que se dane! E outra coisa: onde está a camisa preta que eu pedi
para você passar?
-Não deu tempo Clodoaldo.
-lógico que não deu tempo mulher,
você só fica conversando com estas vagabundas iguais a você, vai pro botequim, paquerar
estes homens casados aqui do bairro. Você é uma mulher casada.Tenha mais responsabilidade.Olhe
o futuro dos seus filhos,Dê bom exemplo,Bromélia.Seja mãe, e não uma piranha.
-O quê, Clodoaldo Praxedes? Você
me chamou de piranha,seu bebum? Disse que eu sou vagabunda, não faço as coisas da
casa, então eu vou te encher de porrada, seu frango de macumba.
E então, Bromélia, partiu
para cima de Clodoaldo Praxedes, com tudo e, acertou-lhe vários socos na boca.
Voaram seis dentes.
Dava-lhe pontas-pé no saco e fez o conteúdo virar omelete.
Clodoaldo Praxedes gritava
por socorro, mas a vizinhança dizia que em briga de mulher com homem, ninguém
deveria meter a colher, pois, segundo eles se Bromélia não sabia por que estava batendo,
com certeza Clodoaldo sabia por que estava apanhando.
E Clodoaldo continuava a
tomar muita porrada.
Isto estava se tornando uma
rotina, eram todos os dias, pois Bromélia chegava bêbada em casa, frustrada por
não ter transado com aquele homem que, ela estava paquerando e louca para
dar-lhe uma dentada naquelas nádegas saradas, e enquanto isso o chato do
Clodoaldo Praxedes só vivia reclamando que, precisava fazer as compras, comprar
cervejas, pagar o colégio da criançada, ir ao barbeiro e não tinha dinheiro,dinheiro,dinheiro...
Bromélia, então irritada
dizia aos berros que se ele bebesse menos, o dinheiro que ela dava pra ele,
sobraria e... dava mais porrada no
Clodoaldo Praxedes.
Bromélia jogava panela na cara dele, dava rasteira, soco na barriga, na cabeça e o pobre coitado,
sozinho e sem a quem recorrer,sentindo-se o último dos homens ,trancava-se no
quarto e chorava,chorava,chorava...
Clodoaldo Praxedes, só aguentava
aquela desmoralização pensando na família, nos filhos, no lar engolia, a
seco.
Sua vida era um inferno!
Sexo que é bom, Clodoaldo só
via pela Internet, pois Bromélia o castigava naquilo que tanto ele gostava.
Em meio a tanto desespero, constrangimentos e cenas degradantes, de repente, ele ouviu um barulho da campainha
da casa e Clodoaldo Praxedes quase caiu da cama.Só então entendeu que tudo aquilo
era um pesadelo.
Nossa a sua alegria foi tanta
que até banho ele tomou naquele dia.
Atordoado, nem comentou nada
com a Bromélia , mas se ainda tinha dúvida da necessidade de algumas
leis entrarem imediatamente em vigor, pelo menos de uma ele jamais esqueceria:
A Lei Clodoaldo Praxedes em homenagem, no mínimo, àquele terrível pesadelo.
Ainda bem que para o Clodoaldo foi so um pesadelo... para algumas mulheres, é um pesadelo real...
ResponderExcluirFRIDA,
ResponderExcluirdesculpe não responder antes pois, estava sem internet.
E para as que tem pesadelos reais, eu lamento e estou aberto ao diálogo(rs).
Um abração carioca.
a vida vista de outro angulo. Uma sociedade onde os homens apanhariam e as mulheres ficariam na rua bebendo e traindo
ResponderExcluirCAROLINE,
ResponderExcluirnão é um pesadelo? (rs)
Um abração carioca.
Boa noite Paulo.
ResponderExcluirFiquei imaginando se a lei Clodoaldo Praxedes seria muito aplicada, rs...
Acha? rs...
Abração!
LUCY MARA,
ResponderExcluirnão,muito simples! O homem que apanhasse da mulher iria a delegacia e entrava com um ,pedido irrevogável do cartão bancário da companheira.
Nunca mais, apanharia! (rs)
Um abração carioca.
rs... ah pois é,
Excluirmortos não apanham! =)
Abraço mineiro!